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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

In-Feliz-Idade




In-Feliz-Idade
jazia aquela que vivia
tempos de mocidade
mas já não tinha

vento que soprasse
que ao menos balançasse
qualquer vestígio de esperança

que alimentasse a criança
que outrora falara o nome do vento
ela foi levada pelo pai, tempo

e nunca mais se ouviu
palavras de um passado
proferidas pelo aleijado
que nunca mais viu

indícios de mudança
num mundo em que a temperança
mora num saquinho
com prazo de validade

porque a feliz-idade
não está mais disponível
só aqueles de mente aberta
a podem tornar compreensível

in-feliz-idade


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Te cala(m)


Sorriso que morre
De um olhar, divino olhar
Frio como o sangue que corre
Porque não pode se esquentar

Em mim nascia a vontade
Silenciosa e imutável
Vigorosa naquela tempestade
Em que a raiva era indispensável

E depois do sol, vem a tristeza
Minha amiga, clareza
Que nunca se cansa de escutar

O que dizem aqueles que não sabem falar
Cala-te desejo insano
Não és dono de mim, tampouco és santo

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O Cello


Música, música profana
Invade os ouvidos da dama
E jorravam notas de mim
E eu nunca vi coisa assim

Tocava cello com a alma
Dedilhava com muita calma
A todos ela encantava
Gritavam brava, brava, brava

Ela estudava a clava
Tocava as notas da oitava
E a noite toda tocou

E o doce gosto provou
Das notas bem tocadas
E o sabor de quem amou

Dor


Não existe essa de dor
É só ilusão, sensação, calor
Também é frio, muito frio
E dói cada arrepio

É na cabeça e na barriga
Tão chata quanto intriga
Mas se não cuidar dela, amigo
Não existirá nem abrigo

Que possa afugentar a danada
E começa, sem fim, a caçada
Mas não existe dor pior

Que a (r) d o r do coração
Essa custa a passar
Quer se importe ou não